Arquivo diário: 22/11/2009

O dilema da moça do CQC

Depois de eliminar 28 mil concorrentes e conquistar a vaga de oitava integrante do humorístico da Band, CQC, Monica Iozzi vive um momento de incerteza profissional. O contrato da repórter com o programa termina em dezembro e ela ainda não foi chamada para conversar sobre a renovação.

“Por enquanto, sei que fico até o fim do ano. Existe um aceno do programa para que eu permaneça, mas nada foi formalizado”, diz. Em janeiro, Mônica viaja para a Austrália. A intenção é aperfeiçoar o inglês e ainda fazer cursos de teatro e cinema. “O ‘ CQC’ entra em férias e a gente volta no comecinho de março. Isso se eu voltar, né?”, observa a moça, que entrou no programa em outubro.

Monica sabe de suas deficiências em relação aos outros sete integrantes da turma, que estão familiarizados com a função de repórter de TV. “Sei que ainda não estou no nível dos meninos, mas me esforço para chegar lá. Ficar no programa é meu foco agora”, avisa. A oitava CQC é atriz, formada pela Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp.

A oitava CQC já passou por algumas intempéries durante as reportagens. Durante uma festa de uma famosa revista, Monica saiu da produtora com uma lista de celebridades para entrevistar. Quando chegou lá, viu que boa parte das pessoas que estavam programadas simplesmente não apareceram. E, quem deu as caras, não quis falar com ela. Monica teve também um entrevero com Flora Gil, mulher do cantor e político Gilberto Gil.

“Ela não queria que o Gil falasse com a gente”, conta. Só que, dessa vez, deu tudo certo no final das contas e ela saiu do show com a entrevista. Mônica diz que fazer parte do “CQC” não é simples. “Às vezes, tenho 30 segundos para driblar um segurança e fazer uma pergunta genial para alguém. Isso é muito difícil e eu estou aprendendo ainda”, admite.

Mas nem tudo é pedreira na vida da repórter. Dia desses, ela ganhou três beijinhos – no rosto – do compositor Chico Buarque. Por conta do feito, Monica viu seu twitter ser bombardeado por recados do público feminino. “Eu disse que estava representando todas as mulheres do Brasil e pedi um beijo. Ele deu dois. Eu pedi mais um e ele deu”, rememora.

O fato deixou Monica paralisada. Um produtor foi quem a trouxe de volta à realidade. “Chico parou e ficou me olhando. Eu pensava: ‘Chico Buarque está olhando pra mim’. Aí, o produtor disse: ‘vai lá!’ Eu tinha esquecido por alguns segundos que eu estava ali”, diverte-se.

A vida de Monica mudou pouco com a fama. Por aparecer na TV sempre de terno, ela quase não é reconhecida nas ruas. E, quando alguém lembra que ela faz parte do “CQC”, esquece seu nome. “Escutei duas senhoras falando num shopping: ‘Aquela não é a coisa Iozzi’”, ri. Mas quando coloca o figurino do programa… “Estou vivendo um momento Superman da minha vida. Quando estou de vestidinho, sou o Clark Kent. Com o terninho, viro o Superman”, brinca.

A beleza da moça fica mais evidente quando está sem o figurino do programa. Mesmo assim, ela afirma não acreditar que sua beleza tenha ajudado a derrotar os 28 mil inscritos no concurso para a escolha do oitavo integrante da produção. “Eu gosto de mim, mas bonita mesmo é a Letícia Sabatella”, garante Monica, que tem 1,74 m e pesa 61 kg.